A tecnologia de captar energia geotérmica superficial será implantada em São Paulo, ajudando a climatizar o edifício através do subsolo.
Antes de tudo, sabemos que nos dias atuais a geração de energia está extremamente em pauta, tanto por fatores ambientais na busca de alternativas mais sustentáveis, como pela busca de soluções para problemas de crises hídricas, principalmente no Brasil.
Portanto, temos o primeiro edifício do Brasil aplicando a forma de geração energia geotérmica do subsolo por meio das fundações, sendo aplicada no país. Vamos entender um pouco?
Sobre o projeto
Primeiramente, esse projeto sairá do papel na cidade de São Paulo e foi desenvolvido pela equipe da professora Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha, na Escola de Engenharia de São Carlos (USP) em conjunto com a Escola Politécnica (USP).
A princípio, serão colocadas tubulações dentro de elementos de fundações para obter energia do subsolo e aplica-la em setores do prédio.
A ideia é usar tubos de polietileno por dentro das fundações enterradas no terreno e, por eles, circular um fluido (normalmente água) para trocar calor com o subsolo, que tem temperatura constante, usada para aquecer ou resfriar ambientes com auxílio de uma bomba de calor, explica Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha
Vale lembrar que esse será o primeiro edifício a usar esse tipo de sistema no Brasil e promete que através dessa energia gerada, irá possibilitar que o local necessite de menos esforço para ser climatizado, devido a energia gerada.
Entenda um pouco do sistema
De acordo com os pesquisadores, fundações por estacas propiciam que haja um aproveitamento da temperatura natural do solo, podendo ser utilizado para climatizar ambientes nas superfícies. Segundo estudos realizados, a temperatura do terreno localizado em São Paulo, chega a aproximadamente 24 graus nos seus 20 metros.
Assim, ao fazer um bombeamento de água dentro dessas fundações por uma bomba de calor geotérmica, o calor é absorvido e liberado.
Essa bomba remove o calor de ambientes no verão e dispersa no solo, e no inverno transfere o calor do solo para os ambientes para aquecimento, explica a professora.
Tecnologia pelo mundo
Primeiramente, esse tipo de tecnologia já é bastante usada em vários países, para resfriar ou aquecer edifícios. Normalmente, são utilizadas a profundidades de até 200 metros e começou a ser implantada nos anos 80 na Europa.
De acordo com Cristina, existem inúmeras possibilidades para o uso dessa energia, inclusive o sistema pode ser implantado em construções já existentes. O objetivo da equipe é que com a implantação dessa tecnologia, o consumo de energia elétrica em diversos edifícios reduza o consumo de energia para sistemas de climatização.